Mais três, sem comentários
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A arquitetura como arte, sim, mas uma arte utilitária que não se conjuga apenas na estética, pois é feita para ter vida dentro dela. Criativa, talvez, mas limitada pelo utilitário e ao próprio limite da arquitetura, daí, ene vezes haver formas (estéticas) que se repetem, não por plágio ou por regra, acredito que também acontecem naturalmente porque são forçadas a acontecer.
Mas sobretudo a arte é um estado de espírito, digamos que é a poesia das formas, da luz, das sombras e um pouco ou muita imaginação para ver além do real e da ilusão.
E a ausência de cor!? Na fotografia limita-nos à essência das coisas, sem a distração ou ruído da cor. Na arte, como se a fotografia não fosse arte, penso que é a mesma coisa, mas exigente, ou seja, aparente muito fácil de fazer ou atingir, mas nem sempre conseguida de modo a prender-nos no sentido estético, de modo a fazer-nos parar, pasmar diante daquilo que está à beirinha de ser simplesmente nada, rien de rien…
Ausência de cor por excesso de luz e ausência de cor por falta dela e o p&b q.b. também não passam de uma ilusão. Afinal de contas o branco não é tão branco assim e o preto também não o é tanto como parece. Isolado, sim, o branco é branco e o preto é preto, mas basta juntar um objeto branco a um outro que aparentemente é igualmente é branco, para facilmente verificarmos que não têm a mesma cor, o mesmo se passa com os pretos. Dizem que uns são quentes, outros frios, outros assim-assim, ainda e muito antes de darem lugar aos cinzas, os cinzentos. Ou seja, é tudo uma ilusão. O branco puro padrão não existe, o preto puro padrão também não existe. É tudo uma ilusão tal como a cor o é, apenas a luz é real.
O Sol quando nasce, mais que nascer para todos, nasce para tudo. À sua luz, não há o que ou quem lhe escape. Preciso, rigoroso, mesma as sombras seguem as suas regras.
Mesmo a objetiva das nossas câmaras não faz mais do que registar o que a luz lhe dá, deixando no esquecimento, como se não existisse, tudo que não é iluminado.
E essa coisa complexa chamada cor!? — Pois também ela depende da luz, apenas esta máquina, também ela complexa, que vive dentro de nós e dá pelo nome de cérebro, às vezes, tem o poder de a alterar, mostrando-nos aquilo que está estipulado vermos e não o que realmente é.
Aquilo que inicialmente nasceu como uma brincadeira no blog Chaves, olhares sobre o Reino Maravilhoso, sem qualquer pretensão para além de brincar com a fotografia, com a geometria e com o design, mas tendo sempre como fundo e como base a fotografia, acabou por tornar-se num gozo viciante. Pretendiam ser apenas 100 brincadeiras, durante 100 dias. Com o tempo alguma ironia começou a invadir as composições, ironia talvez crítica, mas apenas isso, também sem qualquer pretensão e com toda a inocência do mundo, sobretudo, também, o gozo de poder ter alguma expressão.
No blog Chaves ainda vamos a caminho das “100 brincadeiras comsiso”, mas é tempo de essas brincadeiras terem um espaço próprio, aqui, em mais um blog que tem como título reverie-art, precisamente por tudo isto não ser mais que o produto de alguma imaginação ou do sonho, com alguma fantasia à mistura, e porque não alguma arte, tendo em conta a origem da palavra traduzida na maneira de ser e de agir.
Mais um blog que continuará como começou nas primeiras 100 brincadeiras, estas, todas inspiradas em fotografias tomadas dentro e fora de um museu de arte contemporânea, com pormenores, sombras, linhas, etc, onde a figura humana também começou a ter lugar, mas utilizando um “truque” de realce ao qual a engenharia civil lança mão em desenho de perfis , a de utilizar duas escalas diferentes para realçar uma delas, onde o contrário também se aplica.
Pois assim seja, até à “brincadeira” 100, as imagens terão lugar no blog Chaves e neste, a partir de aí, será apenas neste blog que o rêverie terá lugar, às vezes com algumas palavras. A inspiração assim o ditará.
Por hoje ficam 5 imagens, tomando um atalho para que nas 100 imagens a publicação coincida, em simultâneo, com a do Blog Chaves. A partir de aí, cada blog seguirá o seu caminho.
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