Mondex
Não resistiram as malhas, não resistiu a moda, não resistiram as portas abertas, mas resistiu a gravura na parede em ruinas.
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Não resistiram as malhas, não resistiu a moda, não resistiram as portas abertas, mas resistiu a gravura na parede em ruinas.
As cidade são nossas quando delas temos muitos momentos que nos povoam a memória. Trago comigo duas cidades como minhas e outra que não teve tempo de o ser.
Ontem estivemos na Figueira da Foz, hoje vamos até à Póvoa de Varzim. Quase parece que andamos com saudades do mar, e na verdade, andamos, mas só um pouquinho, talvez da sua brisa suave de uma maré baixa, num fim de tarde ao pôr-do-sol, numa boa companhia, onde a música e o café até se dispensavam. Um dia destes vamos por lá …
Não é por necessidade, mas de vez em quando gosto de ir até ao litoral, ver o mar, gosto das suas brizas, o seu aroma, mas sobretudo da sua inquietude, e porque gosto de o ver desde terra firme, a Figueira da Foz calha algumas vezes nesses destinos.
As Astúrias fazem parte do meu imaginário de criança, tudo por causa da Srª Gracinda que, de vez em quando, e não era todos os anos, aparecia lá no bairro, vinda das Astúrias, para passar uns dias em casa da irmã. A senhora não tinha nada de especial, era como nós, falava como nós e era simpática, por assim dizer, era uma pessoa vulgar, a única coisa que tinha de especial era por vir das Astúrias, o Reino das Astúrias, do qual já tinha ouvido falar na escola, e daí, os reinos tinham sempre o seu encanto, o dos castelos, reis e rainhas, princesas e príncipes, e a Sr.ª Gracinda vinha de lá, vivia lá e para lá regressava sempre. A irmã morreu e a Srª Gracinda nunca mais voltou.
Por várias razões, o Porto tem-nos calhado com frequência nos nossos destinos, nem sempre com tempo para andar em passeio a desfrutar da cidade, mas às vezes lá calha termos um bocadinho de tempo de sobra, daí, ser sempre obrigatório levarmos sempre a nossa câmera fotográfica, nem que em último recurso tenhamos que lançar mão da câmera do telemóvel, principalmente quando estamos nas redondezas ou dentro dos lugares mais emblemáticos da cidade, que por sinal são muitos, aliás quase toda a cidade o é. O jardim da Cordoaria e toda a sua envolvência é um desses lugares emblemáticos onde os motivos fotográficos nos são sugeridos em cada momento.
Passeios de fim de tarde por La Coruña fruto das pontes culturais que nos unem.
É sempre um gosto ir e estar no Porto, pela cidade, pelo casario, pela Ribeira, pelo Douro, pelas praças e ruelas, pelas subidas e descidas, pela foz, pelas pessoas, pelo comer... ir, estar e voltar ao berço, que assim é mais gostoso.
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